domingo, maio 13, 2007

Após "Cem Anos de Solidão" e recuperada do trauma "Do amor e outros demônios", me sentindo a protagonista de "Ninguém escreve ao coronel", no "Outono do patriarca" quis deixar de fazer o papel da" Incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada" e viver nem que fosse um "Amor nos tempos do cólera".
Tantas noites com Gabriel Garcia Márquez me despertaram a vontade de revisitar Elisa Lucinda com seu "Eu Te Amo e Outras Estréias", açucarada que eu já estava. E, tão apaixonada por Drummond ali, no meio do caminho entre Copacabana e Ipanema, descobri que o amor é essa " Paixão Medida" e não essa "Paixão Segundo G.H." que queima feito "Àgua Viva" nas relações Lispectorianas.
Vinícius de Morais, se era um safado, também era um sábio quando escreveu "Para uma Menina com uma Flor", inaugurando uma primavera, em pleno outono, no coração das Calcinhas arrepiadas de delicadeza.É que em algum momento, todos nós merecemos viver " Todo amor que houver nessa vida", que Cazuza já reivindicava como numa "Profecia Celestina" . Para nós, Calcinhas, não é "Insustentável a Leveza do Ser", mas possível e almejada, Milan Kundera que nos perdoe.E, se são "Risíveis os amores", e "Todas as cartas de amor são ridículas",nós escolhemos o "Soneto do Amor Total"ou algo que possa ser vivido num " Tempo da Delicadeza", " Com açúcar e com afeto".
"Futuros Amantes, quiçá", todos esses Vinícius, Chicos, Milans, Gabrieis,Fernandos,Carlos, Zecas , só nos semearam a vontade de ter " a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida..." e nos fizeram acordar com "uma vontade danada de mandar flores ao delegado e beijar o português da padaria..." e esquecer um pouco o nosso lado Vargas Llosa em "As Travessuras da Menina Má".
Agora, a gente quer viver o amor... literal-mente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu li!