É, as flores estão chegando...Desabrocharemos, enfim: Gy-rassol, Marlarida, Mariana e tudo o que é minimamente selvático, Silvestrin. Tati Berlim preferia, por bem, não virar flor nenhuma ou nada muito verde que desse bandeira ou alergia. Sempre achou muito delicado essa coisa de ser menina, florzinha, ainda que uma vez ao ano. As flores, mesmo as mais lindas, são frágeis e morrem cedo. Então, por causa da grande pressão, aceitava se fazer, às vezes, de planta carnívora. Assim poderia ver os limpos vastos campos com mais flores, amar a pátria e comer as companheiras. Mas como na vida nem tudo são pétalas, desejava, sinceramente, que os amigos fossem o lúpulo, a cevada e as trepadeiras. Coisas duráveis, que em latinhas reunidas, fazem nascer nos fins de tarde a alegria dourada das noites de sexta-feira. Depois, juntos nesse jardim, onde as ervas são apenas danadinhas, brindaríamos à vida, aos sorrisos e à saudade das pessoas que não são de plástico. Feito as que se deixam ficar mesmo quando tem que ir. É, "hoje o samba saiu..."
Um comentário:
UFA! subi pra respirar.
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