sábado, setembro 29, 2007
A Chegada da Prima Vera
O atraso da sexta edição do jornal Calcinhas ao Léo teve um só motivo: nas férias, estes quatro aviões tiveram a infeliz idéia de fazer carão nos botecos de São Paulo, além de conhecer o famoso Museu da Língua Portuguesa (que já seduz pelo nome), posto que, durante o PAN, só tivemos oportunidade de exercitar as línguas espanholas, francesas e inglesas.
Tudo teria fluído bem se não acontecesse o inevitável: todos os aviões que estavam em Sampa ficaram presos no aeroporto de Congonhas. Foram dias e dias bebendo cerveja quente e tirando cochilos nos tapetinhos de ioga. Num dos nossos únicos momentos de distração, assistindo a TV, uma Marta Suplício com uma cútis de quem estava voltando da Argentina, mandou a seguinte pérola sobre o caos aéreo: "Aaaahhhh, relaxa e goza!"...Bem, isso teria sido fácil para nós em outras circunstâncias, o que ela não percebeu é que aquela situação toda já era o próprio COITO INTERROMPIDO! Resumindo, para que não chegássemos atrasadas na nossa próxima edição de aniversário (completaremos um ano em outubro), tivemos que baixar a bola (sem perder a pose, é claro!) e voltar de carona com a nossa prima Vera que tinha sua viagem marcada para o dia 23 de setembro. Para quem acreditava que parente só é bom no porta-retrato, tivemos que, literalmente, cortar nossas asas e enfiar nossos rabos entre as pernas...pra caber no carro dela.
Calcinhas frouxas porque é segunda-feira, de algodão porque é terça, com a logo do time porque é quarta, de rendinha porque é quinta, comestível porque é sexta e ausente porque é sábado e se tivermos sorte ainda vai render no domingo!
Cuecas: segunda, terça, quarta, quinta, sexta ou sábado e domingo: sem estampas e limpas, por favor! Ah, e sempre!
Sutiãs: não importa, eles só vão reparar se tiverem muita dificuldade em tirá-los.
Após de ter dado cinco sem parar, as Calcinhas pediram água para São Pedro e quem mais pudesse ajudar e passaram Agosto esperando Setembro. É que desde o mês das noivas nem todas conseguiram se casar, não foi só um mês inteiro naqueles "a gosto". Gostos de cigarro, de vodka, de lágrimas e de outras coisas que não dá para falar. A gente queria algo mais sério e já partiu para a relação, de seis meses a um ano, passou que nem homem bonito no calçadão, se não pegar rápido outro bofe da a mão. E como o sol raiou de novo aquecendo os corações, as perdas e o Dani não foram esquecidas, mas sim aquecidas com nossa nova comunhão. Recolhemos as folhas do chão, a poeira dos olhos e partimos rumo a uma nova estação: que venha a prima Vera ! E já que os homens do mercado estão quase em extinção, que ela traga os que ainda restam pra nossa cama.Assim, quem sabe, a santa de casa faz milagre e a gente se diverte até a chegada do verão.
Eu sempre gostei do Wagner Moura, mas nunca desconfiei que ele fosse comandante do BOPE. Eu estava alguns quilos mais gorda e precisava de um treinamento intensivo. Foi quando tive a excelente idéia: "Tropa de Elite pra acabar com a celulite!". Pelo que descobri no filme, se eu não fosse corrupta ou cafetina, poderia ser aceita no curso que se iniciaria em breve. Fiz minha inscrição. Na verdade, a coisa não era tão fácil quanto parecia. Tive que ser revistada e minha vida inteira foi rastreada. Alguns dos meus amigos se afastaram misteriosamente, mas eu estava disposta a qualquer sacrifico pra fazer parte daquela tropa que, ainda por cima, era de elite. Eu sempre quis ascender socialmente.
Resultado: na primeira fase eu quebrei todas as minhas unhas, na segunda desisti de usar sutiã maravilha, na terceira me apaixonei pelo cabo que seria o próximo eliminado, na quarta eu chorava com a granada na mão (mas o que sentia era dor de cotovelo), na quinta eu pedi pra sair e consegui que o Wagner Moura me levasse pra jantar. Na sexta fase eu já queria ficar, mas ele quis que eu saísse porque já era casado. Bem, o final do filme vocês descobrirão no lançamento porque essa história nem podia ter vazado.
Prima Vera foi flagrada com um Forte em Copa, numa cabana. Depois disso, desembestou pela cidade e foi um Botafogo na torcida do Flamengo!Para ela aquilo tudo estava sendo a Glória: cada Lapa de homem, nunca tinha feito uma farra com tanto Catete! Parecia um sonho de Cinelândia. Ela estava quase em Abolição, ops, ebulição! O melhor de tudo foi o baixo custo, pois todos eram Voluntários da Pátria, inclusive os casados. O problema foi que arranjou briga com a Dona Mariana quando se envolveu com o Senador Vergueiro. Explicou que a culpa era do Marquês que estava em Olinda. Depois foi a vez da confusão com a Alice que morava numa Casa Rosa e que era a Matriz de um General, o Glicério. Prima Vera se engraçou com ele e passou a ser chamada carinhosamente de "Flor de Laranjeiras". (Prima Vera gosta mesmo é de homens importantes).
Não satisfeita com aquela Fundição toda, se sentindo a Estrela da Lapa e achando que em matéria de amor todos os cariocas são Democráticos, continuou atirando para todos os lados e foi à procura de quem tinha o mais largo, o Machado. (Se Humaitá tava pra peixe, que enjaulassem os largos daqueles Leões).
O fato é que o furdunço que prima Vera causou na cidade foi tão grande que teve que ir embora escoltada. Quando perguntaram sobre suas férias, ela declarou calmamente:
"Esta cidade parece um filme da Conspiração: em que o Brasil é uma Avenida, a Argentina, um edifício e o Rio, o Cenarium."
O que nós sabemos é que teve homem que ficou encantado, teve homem que saiu Corcovado.
É, as flores estão chegando...Desabrocharemos, enfim: Gy-rassol, Marlarida, Mariana e tudo o que é minimamente selvático, Silvestrin. Tati Berlim preferia, por bem, não virar flor nenhuma ou nada muito verde que desse bandeira ou alergia. Sempre achou muito delicado essa coisa de ser menina, florzinha, ainda que uma vez ao ano. As flores, mesmo as mais lindas, são frágeis e morrem cedo. Então, por causa da grande pressão, aceitava se fazer, às vezes, de planta carnívora. Assim poderia ver os limpos vastos campos com mais flores, amar a pátria e comer as companheiras. Mas como na vida nem tudo são pétalas, desejava, sinceramente, que os amigos fossem o lúpulo, a cevada e as trepadeiras. Coisas duráveis, que em latinhas reunidas, fazem nascer nos fins de tarde a alegria dourada das noites de sexta-feira. Depois, juntos nesse jardim, onde as ervas são apenas danadinhas, brindaríamos à vida, aos sorrisos e à saudade das pessoas que não são de plástico. Feito as que se deixam ficar mesmo quando tem que ir. É, "hoje o samba saiu..."
Resolvemos nos lançar no Mercado Financeiro
O seu perfil pode ser Conservador (papai e mamãe), Moderado (papai e mamãe + 5 latinhas de cerveja) Arrojado (papai e mamãe+ 8 latinhas de cerveja) ou Agressivo (use a sua imaginação e tire as crianças da sala).
Lembre-se, nos fundos o risco é grande e, para garantir o retorno sem sustos ou dor, deve-se ter cautela, diversificar e se dar um pouco a cada investida. Com a oscilação do mercado e as baixas taxas de juras, pense positivo. Em curto prazo as taxas overnight são um benefício. Relaxe porque esta cautela "protege" o valor da sua cota.
Investir na Poupança é seguro, convém avaliar o custo X benefício deste tipo investimento. Outra dica é a bolsa ao alcance da mão. Só dependerá do seu poder aquisitivo e da capacidade de discrição. Existem vários modelos bárbaros: em forma de koni, bichinhos e até de batom. Seja ousada, diversifique, use e abuse dos produtos disponíveis no mercado!
P.S: É bom lembrar que não existe mais grupos de risco, por isso, faça sua escolha baseada no bom-senso, sabendo que preservar-se é fundamental. E que existem novas formas de proteção no mercado ( inclusive nas farmácias) que tornam seu investimento bem mais seguro. Para encarar o pepino é necessário, antes de tudo, planejamento!
E o Rio de Janeiro continua em festa. Bastou acender o sol que corremos todos para a academia, malhar os currículos para o fim do ano. Mas quando cai a noite, é o cinema que vira a melhor companhia. Isso para quem gosta de ir ao cinema desacompanhado, porque com o preço dos ingressos pela hora da morte, fica difícil levar a cara metade ao lado. Já tem até casal fazendo manifestação. Eles protestam alegando que como são muito unidos, sendo cada um a parte que completa o outro, são duas metades de um mesmo amor e poderiam, por isso, pagar duas meias sem ter que apresentar nenhuma identificação. A idéia pode até ser válida, mas em tempos de Festival do Rio, excelente ponto de pegação, eles deveriam, por ser inteiros, ocupar, no mínimo, o mesmo assento. Liberando os outros para que possamos conhecer algum cineasta famoso ou intelectual a passeio. Ou que fossem para casa namorar, deixando os tesouros e a qualidade para quem paga pra ver.
quinta-feira, setembro 27, 2007
Lançamento da Sexta Edição do Calcinhas ao Léo, ainda mais sexy.
Montagem: Mari Silvestrin
Imagens: http://www.imagebank.com/
Sexta-Feira a partir das 19 hrs.
Av. Muniz Barreto 51 - Botafogo
domingo, setembro 16, 2007
Preparem o varal!!!
A próxima edição do Calcinhas ao Léo está no forno. A grande novidade é que as Calcinhas estão completando um ano de existência. Tão novinhas e já tão rodadas! Preparem seus corações, o que podemos prometer na sexta edição é que vocês terão as mais deliciosas e fortes emoções.
As depilações já foram feitas...e outubro está virando a esquina.
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